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Cobra Kai - Sem misericórdia, sequência de Karatê Kid é triunfo narrativo

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Quando Cobra Kai  foi anunciada como uma série original do YouTube Premium, minha reação foi de descrédito. O programa daria sequência aos acontecimentos da franquia Karatê Kid  da década de 1980 com a mesma dupla de antagonistas dos filmes originais, o que pegou todo mundo de surpresa e me fez pensar que esta seria apenas uma tentativa de surfar na onda nostálgica que tomou conta do entretenimento. Cobra Kai , eu pensei, seria apenas mais um caça-níqueis sem qualquer mérito artístico, produzido para arrumar uma grana para os atores decadentes Ralph Macchio e William Zabka, respectivamente os inimigos mortais Daniel LaRusso e Johnny Lawrence. Eu não poderia estar mais errado. Felizmente, já que Karatê Kid  era um dos meus filmes favoritos quando criança, um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde; a famosa última cena do primeiro filme, com Daniel-san desferindo o golpe derradeiro em seu adversário, é um marco do cinema dos anos 80. Ainda bem que Cobra Kai  não apenas faz jus à sua o

Os 10 maiores filmes românticos da história

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Vai, pode admitir. Você já chorou vendo um filme romântico. Ou dois. Ou vários! Tudo bem, não tem problema. Afinal de contas, quando se trata do coração, a gente não passa de manteigas derretidas. Um gênero do cinema desde seus primórdios, o filme romântico arrebata corações e multidões, e tem entre suas fileiras grandes clássicos inesquecíveis, desses que sempre que a gente vê, chora de novo. Aqui estão os 10 maiores filmes românticos da história! 10. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças Com um roteiro de Charlie Kaufman e Michel Gondry atrás das câmeras, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças  troca convenções românticas por reflexões sobre o amor, memória e emoções dolorosas. A narrativa não-linear deixa as cenas de rompimento na frente, oferecendo um olhar mais caloroso aos dias felizes do relacionamento entre Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet), que tomam a drástica decisão de se esquecerem inteiramente através de um procedimento que apaga as mem

Amazon Prime Video: vale a pena a assinatura?

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Serviços de streaming são o novo filão de entretenimento que estão mobilizando milhões de pessoas no mundo todo. Tudo começou com a Netflix, esta gigante do ramo que, além de se expandir para quase todos os países do planeta, é a empresa a ser batida entre os outros serviços que estão surgindo. Entre eles estão Hulu, CBS All Access - que ainda não atuam no Brasil - e Amazon Prime Video, este em funcionamento no Brasil desde dezembro de 2016. Quando chegou ao país, o Prime Video ainda era incipiente, com um catálogo pequeno e uma estranha cobrança em dólar, o que afastava quase todo mundo. Mas alguns meses depois, o serviço alterou sua forma de cobrança, passando a custar R$7,90 nos primeiros seis meses e depois R$14,90. Além disso, passou a uma operação de ampliação significativa de seu catálogo, com séries originais, filmes e documentários. Ainda não é uma Netflix em termos de lançamentos quase que diários, mas de seis meses para cá o serviço melhorou muito. Há filmes recém-saído

Pantera Negra - Todos saúdem o rei!

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Em 1966, o mundo passava por mudanças retumbantes em termos de comportamento, visão e cultura. A guerra do Vietnã seguia tirando vidas de jovens americanos e vietcongues impiedosamente, enquanto o governo dos Estados Unidos insistia em mandar tropas para uma guerra já perdida. Nos EUA, aliás, as transformações eram radicais e já estavam varrendo do mapa coisas tão brutais quanto segregação racial. O caminho ainda era longo, mas o Movimento dos Direitos Civis contava com o apoio de grande parte da sociedade. Diante de tal panorama, Stan Lee pensou em criar um super-herói negro, poderoso, e que causaria um impacto maior do que ele previa. Para isso, o grande criador da Marvel convocou Jack Kirby, que acrescentaria sua visão de artista de vanguarda ao personagem, que se chamaria Pantera Negra. Mais de 50 anos depois, o super-herói finalmente ganha seu primeiro filme. E que filme! Pantera Negra (Black Panther, EUA, 2018) é um marco histórico por si só, ao apresentar um protagonista ne

La Casa de Papel - Série espanhola da Netflix é uma montanha russa. Em todos os sentidos

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Há uma sensação agradável quando se termina de ver o primeiro episódio de La Casa de Papel . É um sentimento de contentamento quando a gente se dá conta de que fora do eixo hollywoodiano existe uma excelente safra de criadores imaginativos que, tendo acesso aos recursos necessários, podem realizar obras interessantes, inteligentes e intrigantes. É que La Casa de Papel  não vem de nenhum grande estúdio norte-americano de onde normalmente vem a maioria das grandes séries. O programa vem da Espanha, que vem se provando a cada ano um celeiro rico em criatividade não só no cinema - que já nos deu Almodóvar, Alejandro Amenábar e J. A. Bayona -, mas também na tevê. Criada por Alex Pina para o canal espanhol Antena 3, a série teve seus direitos de exibição internacionais adquiridos pela gigante Netflix, e é graças a existência do serviço de streaming que o mundo inteiro pode desfrutar deste incrível produto de entretenimento. No Brasil, a série estreou sem nenhuma mega campanha de marke

Quase 18 (Crítica)

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De tempos em tempos, aparece um filme capaz de falar sobre a adolescência sem fazer os adolescentes parecerem simplesmente uns bobões estúpidos sem nada na cabeça. Pensando assim, por alto, consigo me lembrar de As Vantagens de Ser Invisível, O Clube dos Cinco, A Mentira, Meninas Malvadas  e Sociedade dos Poetas Mortos.  Mas o cinema é generoso, logo há mais alguns, mas esse texto não é uma lista. Aqui, eu quero falar de Quase 18 (The Edge of Seventeen, EUA/China, 2016), que pode entrar em qualquer boa seleção de filmes sobre aquela idade que é muito mais do que um monte de espinhas na cara.  Nadine (Hailee Steinfeld) está no segundo ano do Ensino Médio e se sente um peixe fora d'água, como se todos os outros jovens da sua idade fossem uns idiotas e só ela tivesse alguma coisa que preste na cabeça. Ela só tem uma amiga, Krista (Haley Lu Richardson), cuja amizade existe desde que as duas eram pequenas. Quando a melhor - e única - amiga começa a namorar seu irmão, o relacionamen

Doutor Estranho | Crítica

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Faz tempo que eu li a história em quadrinhos que mostrava a origem do Doutor Estranho, a primeiríssima, escrita por Stan Lee e desenhada por Steve Ditko (lembro-me bem, na revista Heróis da TV número 100, formatinho!), que mostrava um cirurgião arrogante mas incrivelmente talentoso que, depois de um acidente que compromete para sempre suas tão valiosas mãos, busca a cura na sabedoria oriental, mas acaba aprendendo mais sobre si mesmo do que imaginava. Doutor Estranho, a criação de Lee e Ditko, já era um personagem intrigante e misterioso, que colocava um pouco mais de magia no Universo Marvel, lá em 1963. Agora, 53 anos depois, quando a própria Marvel lança o primeiro filme do Mago Supremo, milhões de pessoas conhecerão este personagem marcante, um dos mais brilhantes e psicodélicos dos quadrinhos de super-heróis. Doutor Estranho (Doctor Strange, EUA, 2016), o filme, é um acréscimo bem-vindo ao Universo Cinematográfico Marvel - UCM. Afinal de contas, a magia ainda não havia sido e