Prometheus

Dentre todos os blockbusters prometidos para 2012, dois deles ocupavam minha imaginação e expectativa: Prometheus e a primeira parte de O Hobbit. O primeiro, que marca o retorno de Ridley Scott ao universo que ele estabeleceu em Alien - O Oitavo Passageiro (1979), desta vez para contar um prelúdio ao clássico de ficção científica. A obra original seguramente se encontra entre os maiores filmes do gênero em todos os tempos, e fez história ao unir, com muito sucesso, terror e ficção científica.
Se Alien era um terror claustrofóbico e incrivelmente tenso, este Prometheus (EUA, 2012) não fica muito para trás no suspense e no clima sombrio e grandioso. O roteiro conta a história de uma nave, a Prometheus, que viaja por trilhões de quilômetros no espaço profundo seguindo as orientações de um mapa estelar encontrado em diversos achados arqueológicos na terra. O mapa foi encontrado pelos cientistas Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Mashall-Green), e os dois conseguiram convencer o trilionário Peter Weyland (Guy Pearce) a financiar a empreitada. A chegada ao planeta longínquo guarda mistérios terríveis, que podem conduzir ao fim da humanidade, ao mesmo tempo em que fornece informações cruciais sobre a própria origem da vida.
Scott reuniu um elenco primoroso para ajudar a contar sua história: além dos três já citados, a tripulação da nave ainda conta com Charlize Theron (Terra Fria, Jovens Adultos), uma ambiciosa e enigmática agente das Empresas Weyland, que aos poucos revela as segundas intenções da companhia, Idris Elba (da série britânica Luther e o próprio Heimdall em Thor), o piloto da nave, obstinado e corajoso, e o andróide David (Michael Fassbender, o Magneto de X-Men: Primeira Classe), cujos propósitos são ocultos durante boa parte do filme.
Segredos, aliás, cercaram toda a produção antes da estreia. Os trailers apenas conseguiam aguçar a curiosidade do público, sem revelar elementos importantes da trama, como a presença de uma raça alienígena que teria sido responsável pela criação da humanidade.
Com uma atmosfera favorável - cenários grandiosos e sombrios, personagens envoltos em nuvens de mistérios, trilha sonora bem colocada - Prometheus consegue ser fascinante e inteligente, além de gerar uma discussão pós-sessão que pode perdurar por muito tempo, até que Ridley Scott decida realizar a sequência - o gancho ao final me deixou roendo as unhas.
Isso sem falar nas ligações com a série Alien, com o surgimento da raça alienígena assassina, a história da nave que a tripulação da Nostromo encontra no filme original, e os cenários que remetem àqueles desenhados em 1979. Tudo em Prometheus é grandioso, e Ridley Scott continua mostrando que, apesar de alguns altos e baixos, continua sendo mestre em fascinar o público.
Prometheus (2012) on IMDb

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