Clássicos Modernos #4: Na Natureza Selvagem (2007)

"A felicidade só é real quando compartilhada."
A convergência de uma história de aventura genuína, um diretor-astro com muita sensibilidade, um elenco emocionado e apaixonado e uma trilha sonora marcante resultou em um filme inesquecível. Na Natureza Selvagem (Into The Wild, EUA, 2007) tem um poder de atração como poucos produtos fabricados em Hollywood nos anos 2000. É cativante desde o começo, quando soam os primeiros acordes das canções compostas por Eddie Vedder e podemos ler trechos da carta melancólica de um jovem sincero e puro, enquanto ele chega ao Alasca, sua última parada em um itinerário que atravessara um país inteiro, e que não teria volta. O jovem é Christopher McCandless (Emile Hirsch), que recém-formado em uma universidade de renome, e filho de pais que mantêm um casamento de fachada, resolve doar todas as suas economias para a caridade e sair pelo país sem destino, trabalhando a cada cidade apenas para ter o dinheiro da viagem para o próximo local, deixando a família no escuro, sem a menor noção de onde o rapaz se encontra. Em sua jornada, Christopher - que adota o pseudônimo de Alexander Supertramp - encontra pessoas de todos os tipos, como um casal de hippies com problemas de relacionamento, uma adolescente confusa e apaixonada (Kristen Stewart), e um velho sábio e solitário (Hal Holbrook, na melhor atuação do filme, emocionada e emocionante). Ao chegar ao Alasca, ele encontra um ônibus abandonado no meio da natureza e faz dele um forte, uma base de onde sai para explorar boa parte da região, vivendo da caça e mantendo uma relação de amor e ódio com o planeta.
Dirigido por Sean Penn, em um momento sublime de sua carreira, Na Natureza Selvagem é um manifesto em favor da liberdade, uma ode à natureza, mas acima de tudo, é a história de um coração puro e verdadeiro. A adaptação cinematográfica do livro de Jon Krakauer, best-seller absoluto nos Estados Unidos, foi feita para ser admirada, contemplada e revista vezes incontáveis. É cinema puro e belo, que merece ser descoberto.

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