Boas séries para você descobrir

Todo ano é a mesma coisa. As redes de televisão lançam séries novas, sendo que uma boa parte delas não vingará, enquanto outras serão meras coadjuvantes na guerra pela audiência. Mas há aquelas que ganharão espaço a cada episódio, sendo renovadas a cada nova temporada, até enfim arrebatar o público.
O PopCineMais selecionou algumas dessas séries, para você descobrir e aproveitar. Vamos a elas:

The Knick 

ONDE ASSISTIR: Canal Max, Todas as sextas-feiras, às 21h.

O QUE É: O cotidiano de um hospital nova-iorquino em pleno ano de 1900, sob o ponto de vista de seu médico-chefe, John Thackeray (Clive Owen), um homem obstinado e apaixonado pela medicina, que faz do hospital Knickerbocker (ou somente "The Knick") seu local de experiências para o aperfeiçoamento de seu ofício, em um tempo em que ainda não existiam remédios como antibióticos e outros avanços da ciência.

POR QUE ASSISTIR: The Knick é uma produção de Steven Soderbergh (Traffic, Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento), que também dirigiu o episódio-piloto, e conta com um belíssimo trabalho da direção de arte na reconstituição da estranha Nova York da aurora do século 20. A série também conquista a atenção ao mostrar, sem censura, toda a sanguinolência das cirurgias feitas na época. Não há filtros, parece, e o realismo dos procedimentos pode fazer com que pessoas de estômago mais fraco, às vezes, desviem o olhar. Clive Owen, no papel do brilhante médico-chefe viciado em cocaína, está visceral e contundente, mas o restante do elenco também aparece muito bem, com destaque para André Holland, como o Dr. Algernon Edwards, o primeiro cirurgião negro do hospital, que luta para ser aceito em meio a uma América que ainda não teve as feridas da escravidão e do racismo cicatrizadas. A trilha sonora, composta por Cliff Martinez, é um show à parte, usando sintetizadores para criar uma atmosfera hipnotizante, contribuindo para que a série seja ainda melhor.

The Strain

ONDE ASSISTIR: Ainda não há previsão de estreia no Brasil.

O QUE É: Um avião aterrissa em Nova York, aparentemente com todos os seus passageiros e tripulantes mortos. O investigador do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Ephraim Goodweather (Corey Stoll, de House of Cards), é chamado para averiguar a possibilidade de uma contaminação na aeronave, e constata que uma doença misteriosa foi a responsável pelo evento, que deixou quatro sobreviventes. No entanto, este é somente o começo do episódio-piloto. A trama segue mostrando uma terrível conspiração para transformar todos os Estados Unidos em uma grande nação de sugadores de sangue. No final das contas, The Strain é uma série de vampiros, baseada nos livros escritos por Guillermo Del Toro e Chuck Hogan. O programa é uma homenagem a Drácula, o romance clássico de Bram Stoker, com os dois pés na modernidade e uma boa dose gore, produzida por um Guillermo Del Toro em pleno auge de seu talento. 

POR QUE ASSISTIR: Alguns dos motivos já estão aí em cima, mas também você deve querer ver se gosta de histórias de vampiros, em um misto de terror gore, suspense e drama familiar. Isso sem falar que é uma série do Guillermo Del Toro, o gênio da cultura pop por trás de obras-primas como O Labirinto do Fauno e Círculo de Fogo!

The Last Ship

ONDE ASSISTIR: Canal TNT, todas as segundas-feiras, às 23:20.

O QUE É: Uma terrível pandemia mata a maior parte da humanidade impiedosamente. A esperança está a bordo de um navio de guerra da marinha americana: uma cientista epidemiologista, a dra. Rachel Scott (Rhona Mitra), a única pessoa capaz de buscar uma vacina para o vírus. O navio em que ela se encontra é comandado por Tom Chandler (Eric Dane), um militar linha-dura, excelente estrategista, que vê seu navio como um dos últimos refúgios do mundo livre do vírus, isso porque estava em uma missão no ártico quando a doença eclodiu e se espalhou. Mas o vírus não é o único inimigo que terá de enfrentar. Há adversários espalhados pelos oceanos do mundo, terroristas que se veem sem prisões, militares megalomaníacos sem governo, e sabe-se lá o que mais que pode aparecer.

POR QUE ASSISTIR: The Last Ship não é um primor de narrativa, tampouco tem algum resquício de genialidade ou originalidade. Mas, como produto de entretenimento, faz sua parte brilhantemente. Produzida por Michael Bay (Transformers, Armageddon), as explosões, cenas de ação de tirar o fôlego e muita testosterona estão garantidas. Cada episódio parece bem delineado, com começo, meio e fim, sempre surgindo algum obstáculo novo para a tripulação do navio, algo que ameaça não somente a sobrevivência dos marinheiros a bordo, mas também a última esperança que a humanidade possui de se ver livre da pandemia. Mesmo com episódios aparentemente fechados, sempre há algum elemento que aprofunda a história da origem da doença e dos interesses envolvidos em vê-la se espalhar pelo planeta. Uma boa pedida para uma despretensiosa noite de segunda-feira. Afinal de contas, um pouco de diversão não faz mal a ninguém.

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