Guardiões da Galáxia | Diversão, teu nome é Marvel

Depois de emplacar sucessos de bilheteria e crítica com personagens conhecidos e amados por fãs no mundo todo, como Homem de Ferro, Thor, Capitão América e Os Vingadores, eis que a Marvel decide investir em super-heróis quase inteiramente desconhecidos, sendo familiares só para leitores fanáticos dos quadrinhos da editora. São os Guardiões da Galáxia, a equipe de super-heróis cósmicos, responsável por evitar que ameaças contra o universo se concretizem.
Na verdade, Guardiões da Galáxia era uma aposta altamente arriscada da Marvel. Tratava-se de uma reafirmação da força que a marca tem junto ao público. No fim das contas, a aposta deu (muito) certo, já que o filme, dirigido por James Gunn (Seres Rastejantes) é o maior sucesso do ano, habilitando-o a se tornar mais uma franquia do estúdio, tendo já sua sequência agendada para 2017.
Tamanho sucesso é justificado, já que realmente Guardiões da Galáxia traz altas doses de diversão, sendo uma aventura à moda antiga, com muita descontração e uma sensação de déjà vu que aproxima o público do filme. Afinal de contas, não há como não relacioná-lo com Star Wars, em quase todos os elementos: um caçador de recompensas engraçadinho (Peter Quill/Han Solo), um alienígena carismático de linguagem quase incompreensível (Groot/Chewbacca), isso sem falar nos combates espaciais, todas aquelas naves lançando lasers freneticamente, sempre mostrando pilotos heroicos que logo serão mortos de alguma forma.
Mas o ponto forte do filme é, de fato, a diversão proporcionada pela química que há entre os personagens principais. Peter Quill, o Senhor das Estrelas (Chris Pratt), Gamora (Zoe Saldana), Groot (Vin Diesel), Rocket (Bradley Cooper) e Drax, o Destruidor (Dave Bautista) estão em perfeita sintonia e tornam toda a interação entre os heróis muito crível e agradável.
Centrado no personagem de Peter Quill, terráqueo que foi abduzido quando criança em 1988 e vive agora no espaço como um caçador de recompensas, o filme consegue ser coerente ao criar o ambiente para que os personagens se unam e se tornem uma equipe coesa, mesmo começando aos trancos e barrancos - como normalmente começa toda super-equipe dos quadrinhos.
Com Guardiões da Galáxia, a Marvel prova que tem um arsenal de figuras carismáticas e interessantes, e que as usará sempre que precisar reafirmar o poder que sua logomarca tem quando colocada sobre qualquer nome de qualquer filme que for lançar. O estúdio/editora continuará usando e provando sua força nos próximos anos, já que lançará ainda o Homem-Formiga e Doutor Estranho, ambos super-heróis desconhecidos fora dos círculos nerd. Se os filmes continuarem divertidos e com roteiros espertos, o caminho da Marvel é longo - e com quase nenhum percalço.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

22 pessoas que se parecem com desenhos animados

Amazon Prime Video: vale a pena a assinatura?

Cobra Kai - Sem misericórdia, sequência de Karatê Kid é triunfo narrativo